Não reclamarei mais de praias catarinas.

(ou ainda: eu era feliz e não sabia)

Voltei da viagem a caiobá, litoral do Paraná. Devo dizer que foi a pior praia que já conheci na vida. O mar era algo semelhante ao Guaíba (em poluição, pq não era tão bonito). O repertório tocado na praia (que geralmente é algo estúpido) ultrapassou qualquer expectativa. Em toda praia não tocou mais do que seis músicas, repetidas insandecidamente em loop infinito dando a impressão que todo mundo que entrava na cidade comprava em algum lugar bizonho EXATAMENTE o mesmo CD e que tinha esquecido de trazer qualquer outro.

Mas claro, se você, caro único leitor, achar que isso já é suficiente pra configurar um inferno, saiba que não acabou. A praia não tinha banheiros (inclusive nos estabelecimentos comerciais) e quando algum estabelecimento tinha, negava a utilização de não-clientes. Ok, todo mundo baixa a calça e mira no mar pra mijar, que já é um esgotão. Mas e quando rola aquela vontade de um número dois? Cavar na areia não rolava no meio da multidão...

Já os bares se configuravam como filhos da puta. Cobravam 10%, 12%, 20% em cima de um preço que já era deveras absurdo. (cerveja boa a 4,90. KAISER a 3,60 ou 3,90). Garçons, além de raros e visitarem tua mesa uma vez na entrada e outra na saída, demonstravam eterna insatisfação com os clientes e seriam o tipo perfeito pra comprar uma briga. E pra fechar, trapalhadas de todo tipo com imobiliária, rodoviária, ponto de ônibus, etc...

Lembre-se: quando um inimigo perguntar uma sugestão para passar as férias, sugira-o CAIOBÁ, no município de Matinhos, Paraná.